Design Thinking: o que é, para que serve e como ajuda seu negócio

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Em 2009, quando Tim Brown escreveu o livro Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias (Change By Design, em inglês) muitas das descobertas tecnológicas que fazem parte do nosso dia a dia ainda estavam por vir.

O CEO da empresa IDEO, especializada em processos de inovação, no entanto, parecia profundamente antenado à década que viria, que talvez tenha sido a mais disruptiva da história da humanidade.

Foi entre 2010 e 2020 que vimos a capacidade de armazenamento e processamento de dados dos computadores saltar estratosfericamente, dando origem ao termo Big Data. Surgiu a internet das coisas e o conteúdo como base das estratégias de marketing.

Também se desenvolveram as tecnologias de reconhecimento facial e Google, Netflix e YouTube entraram na sua era de ouro. Enfim, foi o desenvolvimento do que se convencionou chamar de Transformação Digital.

Se quiser aproveitar as vantagens do uso da criatividade de uma forma processual e metódica na sua empresa, continue a leitura e entenda a fundo o conceito de Design Thinking.

O que é design thinking?

O termo, que pode ser traduzido como “pensamento do design”, faz referência à aplicação de conceitos criativos a áreas mais tradicionais do mercado.

Segundo seus teóricos, o imperativo do século 21, no que diz respeito à competição entre empresas, é a inovação. E para inovar, é necessário ter criatividade, algo que não costumava fazer parte do dia a dia dos chefes das grandes organizações.

Assim, o Design Thinking apresentou-se como uma metodologia baseada na criatividade e inovação, para manter as empresas concorrendo em torno de grandes ideias que vão solucionar problemas dos seus potenciais consumidores.

Como o design thinking ajuda o seu negócio?

Certas áreas são notadamente mais dependentes da criatividade. Os artistas, por exemplo,  sempre foram bons em captar um espírito de época e traduzi-lo em poesia, música ou pinturas. Agora, o produto ou serviço da sua empresa pode fazer o mesmo.

Ao elaborar um novo produto, os designers partem não de um problema, mas da solução. Por exemplo, nos meados de 2010, havia uma acirrada disputa entre as grandes indústrias cinematográficas e a pirataria.

A premissa de serviços de streaming como a Netflix, no entanto, era nunca se render a essa dicotomia. Se estivesse focado no problema, é provável que seus executivos gastassem tempo e dinheiro criando formas de acabar com as cópias falsas de filmes.

No entanto, eles desenvolveram uma plataforma que leva filmes e séries a preços quase simbólicos a um público enorme, gerando milhões para as empresas cinematográficas sem custar caro para os usuários da Netflix.

Entende a diferença entre evitar escolher um lado e desenvolver algo que satisfaça a todas as partes envolvidas? Esse é o espírito do Design Thinking, e é como as empresas — criativas ou não — têm se organizado desde então.

As 4 etapas do design thinking

Agora, vejamos o que seu negócio precisa para incorporar essa forma de pensar imediatamente. Entenda que, embora mudanças de mentalidade sejam revoluções difíceis, elas não são impossíveis, e nem necessariamente caras.

A implementação do Design Thinking consiste, basicamente, de 4 etapas.

1. Imersão

Essa é a fase em que o problema é compreendido, visando uma solução. A fase de imersão pode dizer respeito tanto ao foco em uma nova solução quanto à tarefa de a sua empresa se imergir em si mesma, para provocar as mudanças.

Por exemplo, se você pretende aderir à metodologia do Design Thinking, precisa antes compreender o que o seu negócio tem a oferecer e o contexto dele em um cenário envolvendo mercado e concorrentes.

Você pode começar a fazer isso mapeando suas forças, fraquezas, vantagens e ameaças. Essa técnica se chama análise SWOT, e costuma deixar informações duradouras para as organizações, mesmo para além do Design Thinking.

2. Ideação

A palavra “ideação” vem de “ideia”. E é isso mesmo que acontece nessa fase: sem muitos filtros, são levantadas inúmeras propostas de solução, de uma forma espontânea e com reuniões em grupo.

Coletivamente, o que temos é que uma primeira ideia costuma servir de inspiração para outra e mais outra, ou que os integrantes do time comecem a propor melhorias nas ideias uns dos outros.

Repare que é muito importante evitar julgamentos de valor nessa etapa. Também não é recomendável adotar uma postura de veto com relação a nenhuma das ideias, o que poderia fazer com que as pessoas se sentissem menos à vontade para contribuir.

O nome desse processo criativo, espontâneo e coletivo é brainstorming.

3. Prototipagem

Agora, chegamos à etapa em que o idealismo do brainstorming deve ser amarrado, testado e concretizado. Se a fase anterior foi de criatividade pura, esta é o oposto.

Agora, as melhores ideias selecionadas na fase anterior serão submetidas a um rigoroso sistema de testagens, problematização e será criada uma proposta metódica de apresentação da solução.

Se essa solução for um produto ou serviço, haverá a elaboração de um MVP (Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável), que visa tirá-lo do papel em sua forma funcional mais rudimentar.

4. Desenvolvimento

Esta última etapa é de observar o desempenho do protótipo, colher dados e fazer ajustes. Repare que trata-se de algo que não tem fim: o desenvolvimento é constante desde o momento em que seu produto ou serviço sai do papel.

Ao contrário do que acontecia há décadas atrás, o mundo das ideias e da tecnologia, hoje, evolui muito rápido. Para acompanhar essa evolução e manter-se competitiva, uma empresa precisa fazer da criatividade uma tarefa constante.

O Design Thinking é um método criado exatamente para isso. Se conseguir implementá-lo, os primeiros sinais de evolução interna e externa na sua empresa vão aparecer muito rapidamente.

E se quiser algumas áreas para aplicar o Design Thinking e suas ideias criativas, oportunidades não faltam. Leia nosso Guia de Marketing Digital para Pequenos Negócios e ponha tudo em prática agora mesmo!

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