Este artigo é parte de uma série que aborda a importância das boas práticas de redação para o marketing digital. Começamos falando sobre o que é copywriting, e agora vamos passar ao copywriting aplicado, ou seja, redação de marketing digital na prática.
Antes de seguir, vamos retomar o que foi dito no conteúdo anterior. Nele, defendemos que boas redações não servem apenas para conteúdo escrito. Os vídeos precisam de roteiros e imagens de um bom briefing com sacadas publicitárias, por exemplo.
Então, não importa se estamos vivendo a era dos vídeos na internet. Copywriting sempre vai ser a área da qual todas as boas ideias partem, sendo retrabalhadas e melhoradas pelos outros profissionais, como designers e videomakers.
Agora, vamos explicar de modo mais prático o que uma boa redação de marketing digital (ou publicidade) deve ter, para que seus bons textos se transformem em vendas ou estabeleçam conexão com os espectadores, gerando autoridade para sua marca.
4 coisas que um texto de marketing deve ter
Embora tudo no marketing digital só possa ser considerado bom se for analisado e ajustado, podemos sim falar em algumas características que todo texto deve ter.
No fundo, trata-se de uma receita de bolo, que você vai encontrar aqui neste artigo, em um post no Twitter, em uma propaganda do horário nobre na televisão… enfim, há uma estrutura que rege os textos de marketing, e você vai conhecê-la agora.
Dividimos tudo que você tem que saber em 4 categorias. Experimente analisar alguns copys de marketing digital por aí, e temos certeza que você vai encontrar todas elas, mesmo que se trate de um conteúdo muito curto.
1. Uma introdução cativante
A internet, nos dias de hoje, não é senão uma zona de intensa disputa por atenção. Cada post no Feed do seu Instagram, cada Stories, cada verbete da página de buscas do Google ou anúncio do Mercado Livre estão disputando segundos da vida de uma audiência cansada.
O parágrafo acima pode ter parecido um pouco pessimista, mas a verdade é que ele demonstra porque todo texto de marketing digital precisa de uma introdução bem-elaborada.
Se você não entregar logo do que trata o seu conteúdo, as pessoas vão se livrar de você sem muitas cerimônias, em busca do próximo conteúdo.
Então, o início de qualquer texto precisa tocar nos pontos certos. Ele deve mencionar o assunto e o que vem a seguir, de preferência sem linguagem apelativa, já que a audiência é frequentemente bombardeada por click baits que não funcionam mais.
2. Conteúdo bem dividido e escaneável
Ninguém tem tempo para parágrafos longos. As pessoas não estão dispostas a ficar procurando as informações principais em grandes blocos de texto. Suas copys já vão encontrá-las com a cabeça cansada de tanto receber informações.
Então, as regras do conteúdo escaneável (isto é, aquele em que podemos encontrar informações, como se nossos olhos fossem scanners) são:
- frases curtas;
- parágrafos curtos;
- informações dispostas em tópicos (como estes aqui);
- negrito nos trechos mais importantes (não exagere);
- linguagem direta (sujeito, verbo e objeto, sem inversões sintáticas nas frases).
É obrigação sua e apenas sua certificar-se de que a mensagem foi compreendida. Não adianta escrever difícil e responsabilizar a audiência por não compreender ou não se interessar pelo que você tem a dizer.
Em textos mais longos, lembre-se de usar também subtítulos para dividir o conteúdo, como fizemos com as sessões deste blog post. Isso facilita muito para quem quer chegar à sua página e ler apenas o que interessa rapidamente.
3. A repetição de hashtags ou palavras-chave
Embora repetir demais certas palavras ou expressões sempre vá tornar um texto chato, você deve ser incisivo com as palavras-chave, por alguns motivos.
Primeiro, porque é uma prática recomendada pelo Google. Repetir os termos de busca estrategicamente “explica melhor” para o motor de buscas da gigante do Vale do Silício que você aborda o tópico de um modo mais elaborado.
Quanto às hashtags, não precisa ser muito repetitivo, porque em geral elas aparecem em textos mais curtos, como posts de Twitter ou Instagram. Mesmo assim, marque bem os tópicos do seu conteúdo, facilitando que ele seja encontrado nessas redes.
Também é interessante usar sinônimos dos termos-chave no texto. Isso reforça a ideia que você está apresentando sem tornar a leitura incômoda. E vale a boa prática dos manuais de redação: leia em voz alta para saber se soa bem!
4. Uma chamada para ação no final
Pode parecer desnecessário dizer às pessoas qual é o próximo passo, mas simplificar esse caminho é crucial. As chamadas para ação (do inglês calls-to-action ou CTA ‘s) devem ser objetivas, curtas e utilizarem verbos de ação.
Por exemplo, aquele “compre agora” ao fim da descrição de um produto, ou o “saiba mais” em anúncios do Facebook Ads. Há também chamadas que incitam as pessoas a interagirem com o conteúdo, pedindo comentários, compartilhamentos etc.
O que você não deve esquecer é que cada texto deve ter apenas uma call-to-action.
Nada de empolgar e oferecer um novo conteúdo, estimular uma compra e pedir para compartilhar o post, tudo junto. Assim, as pessoas ficam confusas e acabam não cumprindo nenhuma das ações que você propôs.
Com essas dicas, esperamos que escrever copys de marketing digital e publicidade tenha se tornado algo mais simples para você. Como dissemos no início, não há grandes segredos, apenas práticas cristalizadas pelo uso e pelos resultados.
Cabe a você exercitar sua criatividade dentro desses moldes que compartilhamos acima. Assim, vai ver como o copywriting aplicado à criação dos seus textos, anúncios, vídeos e imagens pode gerar engajamento, receita e novas conexões.
Não deixe de seguir a leitura desta série. No próximo artigo, abordamos algumas práticas do Google para ranquear bem seus posts de blog nas páginas de busca. É o chamado SEO. Não deixe de ler!