O que é marketing de nicho e como ele funciona

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Desde que a internet começou a se popularizar, muita coisa mudou. Por exemplo, falar em marketing de nicho nos anos 70 e 80, época de ouro da publicidade, soaria impossível, talvez até ridículo.

Os meios de comunicação da época se estruturavam a partir de uma lógica quantitativa: quanto mais pessoas fossem impactadas, melhor. Era uma publicidade de um para muitos, com o espectador cumprindo um papel passivo, apenas recebendo informações.

Ao longo do tempo, como vamos demonstrar neste artigo, muita coisa mudou. Continue a leitura e entenda o que é, como usar e o que diferencia o marketing de nicho de seus antecessores.

O que é marketing de nicho?

A palavra nicho, segundo o Dicionário Online da Língua Portuguesa, designa uma porção restrita de mercado que, normalmente, proporciona novas oportunidades.

Essa fração de consumidores com interesses bem definidos sempre existiu, mas o grande interesse por explorá-la é recente. O ponto em que essa chave mudou coincide com a publicação do livro Cauda Longa, escrito pelo físico americano Chris Anderson.

Segundo a teoria propagada por ele, a internet e a tecnologia modernizaram e baratearam os meios de produção e entrega. A consequência disso é que não é mais necessário produzir quantidades enormes de um mesmo produto.

Então, a customização assume o lugar de soluções genéricas, e as empresas passam a buscar áreas mais restritas de mercado, com consumidores muito mais adequados àquilo que oferecem.

Obviamente, o marketing de nicho não ameaça a existência das grandes marcas. Sempre haverá espaço para campanhas que visam atingir milhões de consumidores, pelo simples fato de que algumas necessidades e desejos são comuns a todos.

No entanto, atualmente, também as necessidades mais refinadas e específicas podem ser atendidas sem custos muito altos.

Alguns exemplos comuns desse tipo de marketing

É muito fácil demonstrar o quanto o marketing de nicho está presente em nossas vidas. Todos já tivemos notícias de segmentos restritos, mesmo que não sejamos clientes-alvo de nenhum deles.

Por exemplo, as marcas que vendem sorvetes veganos, os restaurantes vegetarianos, as fabricantes de roupas plus size e as empresas alimentícias especializadas em dietas low carb são nichos ou sub-nichos muito corriqueiros.

O marketing de nicho, naturalmente, também deve acompanhar as diferenças do mercado a que atende. Então, não faz sentido criar uma mensagem genérica e tentar fazê-la chegar ao maior número de pessoas possível.

Pelo contrário: o nicho abre a possibilidade de ser pessoal, próximo e focado na linguagem. Então, quem está do outro lado deve se sentir representado, incluído e atendido nos seus desejos mais específicos.

O próprio conceito de buyer persona, que já explicamos aqui no blog do Marketing Digital 360, é uma evolução da ideia de público-alvo, e torna-se muito mais adequado aos nichos que o marketing digital permite atingir.

Mas ser específico também pode significar ser técnico. Empresas com produtos ou serviços muito refinados, que exigem grandes pesquisas e profissionais ultra capacitados também são orientadas a nichos.

Um exemplo disso é um dos nossos clientes aqui no 360, que vende água sob medida para hemodiálise, produção de alimentos, bebidas e outros.

O que diferencia o marketing das empresas de nicho?

Antes de mais nada, os clientes desses tipos de negócios não são tão fáceis de encontrar quanto os das empresas convencionais. Em alguns casos, são pessoas de gosto refinado e que conhecem bastante sobre o que consomem.

Eles podem optar por esses produtos ou serviços por razões ideológicas (como acontece com os veganos e alguns vegetarianos), de saúde (como é o caso de quem não pode consumir glúten) e outros. Seja como for, pesquisam muito sobre o assunto.

Então, há duas coisas que o marketing de nicho deve ter: uma alta taxa de fidelização de clientes e campanhas educativas sobre o produto ou serviço.

Sabe quando dizemos, aqui no blog do Marketing Digital 360, que criar autoridade para a sua marca é importante? Pois no caso da publicidade para os nichos, é ainda mais. Afinal, os consumidores podem se educar a partir dos seus conteúdos. E, para eles, não há nada mais importante que confiar que você entende do que está oferecendo.

A fidelização deve ser alta por um motivo simples: a natureza dos produtos de nicho é que não haja tantos clientes potenciais quanto nos outros segmentos. A boa notícia é que a concorrência também é menor.

Isso coloca seu negócio numa situação em que fidelizar é importante para você e interessante para o seu novo cliente. Convenhamos que é uma situação até confortável.

Embora fosse bem incomum e desconhecido no passado, o marketing de nicho é a cara dos nossos tempos. Se você se enquadra nessa categoria, esperamos que este artigo tenha ajudado. Agora, é focar para encontrar essa audiência menor, mas preciosa!

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